A amizade é dos acontecimentos mais mágicos que podemos vivenciar. Uma amizade verdadeira é um amor eterno, um amor que jamais se desgastará. Como uma fonte de água cristalina que segue naturalmente o seu curso, sem que os obstáculos o obstruam, a amizade verdadeira é abrilhantada com a mesma pureza, com a mesma cristalinidade.
Eu costumava pensar que as amizades se construíam e com essa perspectiva tentei incluir no meu mundo pessoas que não correspondiam à minha idealização. Mas agora sei que as amizades não se constroem, elas surgem como que por um acaso. Tal como geneticamente a união aleatória de dois gâmetas origina um ser único e complexo, tal como a paixão que emerge da casualidade, a amizade também começa de uma forma espontânea e inesperada. Criarmos empatia com alguém é uma questão "de pele", como genericamente se costuma dizer, ou seja, desencadeamos reações químicas que nos fazem sentir cómodos com umas pessoas e não com outras. Depois segue-se a tarefa de alimentar essa empatia. Quando as duas pessoas dispendem a mesma energia nesse processo surgem as amizades eternas, as amizades que nunca se esgotam. O amor entre amigos é um amor generoso, que não magoa, que não fere, ele é partilhado de uma forma gratuita sem esperar compensações.
Quando encontramos uma amizade para a vida, tornamo-nos pessoas melhores, mais completas, o nosso mundo torna-se maior. Não são as amizades que se constroem mas são elas que nos constroem a nós, que nos transformam e amadurecem.
Eu tenho a felicidade de ter no meu mundo fortes amizades, amizades eternas. Uma dessas amizades surgiu não há muito tempo. Ontem enquanto dividíamos as horas, sentindo a brisa do mar e o calor do sol, senti esse conforto que só o amor dos amigos nos dá. Falámos durante horas, confidências e trivialidades, mas foi nos momentos de silêncio que senti o maior conforto. O maior teste à amizade é a partilha do silêncio. Quando uma amizade é verdadeira não há constrangimento no silêncio. Ontem partilhei com a minha amiga a contemplação do sol a desaparecer no horizonte por detrás das nuvens. Partilhámos este, como tantos outros momentos, em silêncio. Nesses momentos sou feliz!
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é quando se sente o sol...
ResponderEliminarObrigada, Luís. Abraço, Odete.
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