quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Rebento


Brota frágil o caule
Da terra que o germinou.
Há-de ser árvore,
ter tronco forte e ramos altos.
Envergonhadas as primeiras folhas surgem
E a terra lembra o repentino rasgo que
Libertou de si a semente transformada.
Terá doído?
Doem-lhe certamente os dias de tempestade
Em que a chuva violenta e o vento turbulento
Põem à prova a pequena planta.

Lembra as primeiras raízes
Que só ela sentia
E os olhares da vida
Que as viam como um único ser.
Terá saudades?
Ou espera ansiosa
o florir de cada primavera?

Irá observar feliz
O aconchego dos ninhos
nos ramos seguros e generosos.
Não está só neste atentar
Sente do sol o olhar radiante
e juntos contemplam
um imenso sorriso
verdejante.

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